LIÇÃO 06 – MATERNAL
TEMA: O AZEITE NÃO ACABAVA
Texto Bíblico: 2 Reis 4.1-7
I - De professor para professor
·
Prezado professor, neste domingo o objetivo da
lição é que a criança aprenda que Deus é poderoso.
·
A
palavra-chave deste domingo é “Milagre”. No decorrer da aula diga: “Papai do
céu realiza milagres”.
II Saiba Mais
No livro de 2 Reis lemos
o relato da pobre viúva, mãe, e que se achava sozinha numa situação impossível
de se suportar por muito tempo: não tinha comida em casa nem meios para se
sustentar. Além disso, estava sendo ameaçada por um impaciente cobrador de
impostos. Se ela não pagasse a dívida imediatamente, perderia os filhos.
A única coisa que corria
a seu favor era que sabia para onde se voltar. Somente Deus poderia fazer um
milagre acontecer para mudar a situação. Ela levou o problema até o profeta.
O lugar onde depositamos
nossas esperanças determina se receberemos, ou não, um milagre. Se insistirmos
em procurar no homem a solução para nossos problemas, continuaremos a nos
desapontar. Deus deseja mostrar-se forte
em nosso benefício também. Ir a Deus, entretanto, significa pedir, orar e crer
que vai receber o que se pediu.
Olhar para Deus em meio
aos problemas significa que você parou de repetir as queixas, e resolveu tornar
aquela conversa íntima numa oração direcionada para o alto
Texto adaptado do
livro: Há
um Milagre em sua casa, CPAD
III - Conversando com o professor
“No conceito moderno,
ensinar não é apenas transmitir conhecimentos, mas também promover aprendizagem
por parte do aluno. Essa aprendizagem não pode ser forçada nem introduzida no
educando como o ato de vestir uma peça de roupa. Portanto, ensinar não é apenas
ler ou falar diante de uma classe, mas primeiro despertar, motivar e interessar
a mente do aluno e em seguida dirigi-la no processo de aprendizagem”
Antônio Gilberto, Manual
da Escola Dominical, CPAD
Conteúdo adicional para as aulas de Maternal
Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2010 – O Livro de Deus
Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2010 – O Livro de Deus
LIÇÃO 06 – JARDIM DE INFÂNCIA
TEMA: O MENINO JESUS CONVERSA COM OS PROFESSORES
Texto Bíblico:
Lucas 2.41-52
I - De professor para professor
· Prezado professor, neste domingo o objetivo da lição é que a criança
compreenda que Jesus amava a Casa de Deus.
· A palavra-chave deste domingo é “conversar”. No decorrer da aula diga:
“Jesus conversou com os professores”.
II – Saiba Mais
Jesus Cristo era humilde
e estava disposto a renunciar aos seus direitos para obedecer a Deus e servir
ao povo. Devemos, assim como Cristo, adotar atitude de um servo e servir pelo
amor que temos a Deus e aos nossos semelhantes, e não por qualquer sentimento
de medo ou culpa. Lembre-se: Você pode escolher a atitude que vai tomar. Pode
viver na expectativa de ser servido ou procurar oportunidades de servir aos
outros. Veja Marcos 10.45 para mais detalhes sobre a atitude que o Senhor Jesus
Cristo demonstrou em relação a servir.
Sem deixar de ser Deus,
Ele se tornou um ser humano, o homem chamado Jesus. Para tornar-se humano, Ele
não desistiu de sua divindade, mas deixou de lado o direito à sua glória, poder
e sabedoria. Jesus de Nazaré estava sujeito ao lugar, ao tempo e a muitas
outras limitações humanas. O que tornou essa humanidade única e especial foi
sua isenção de pecado.
Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal, p.1663. CPAD
III – Conversando com o Professor
O ensino da Palavra de
Deus é uma obra espiritual, significa a cultura da alma. Ganhar o aluno para
Cristo é apenas o início da obra: é mister cuidar em seguida da formação dos
hábitos que formam o caráter ideal modelado pela Palavra de Deus. São os
hábitos que formam o caráter: este influi no destino da pessoa. Professor cabe
a você desenvolver a espiritualidade dos alunos e o caráter cristão.
Manual da Escola
Dominical, p 120. Rio de Janeiro:CPAD
IV – Sugestão
Você vai precisar de
papel quarenta quilos e caneta hidrográfica preta.
Procedimento: Dobre o
papel, formando um grande leque. Depois com o auxilio da caneta hidrográfica e
escreva no leque o versículo do dia.Dobre-o novamente e prenda-o com um pedaço
de elástico.
Apresente o leque às
crianças e conforme for lendo o versículo vá desdobrando o leque. Ele deverá
ser desfeito aparentando que a folha “cresceu”.
Obs. Se preferir pode
confeccionar um para cada criança em versão menor.
Conteúdo adicional para as aulas de Jardim de Infância.
Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2010 – A Vida de Jesus
Subsídios para as lições do 1º Trimestre de 2010 – A Vida de Jesus
LIÇÃO 06 -
PRIMÁRIOS
TEMA: VALEU A
PENA ESPERAR O SALVADOR
TEXTO BÍBLICO:
LUCAS 2.21-39
As famílias judias observavam várias cerimônias
logo após o nascimento de um bebê. Entre as mais importantes estão: (1) a
circuncisão. Todo menino era circuncidado e recebia um nome ao oitavo dia após
o nascimento (Lv 12.3). A circuncisão simboliza a separação dos judeus dos
gentios e seu relacionamento singular com Deus. (2) A redenção do primogênito.
O filho primogênito era apresentado a Deus um mês após o nascimento (Êx
13.2,11-16). A cerimônia incluía o resgate da criança para Deus por meio de uma
oferta. Deste modo, os pais reconheciam que o filho pertencia a Deus, o único
com poder de dar a vida. (3) A purificação da mãe. Por quarenta dias depois do
nascimento de um filho, a mãe era considerada impura; e não podia entrar no
templo. No final desse período de separação, os pais deveriam oferecer um
cordeiro em holocausto e um pombo como oferta pelos pecados. O sacerdote
sacrificava estes animais e declarava a mulher purificada. Jesus era o filho de
Deus, mas sua família realizou estas cerimônias de acordo com a lei (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p 1346).
Boa ideia!
Você vai precisar de
tubos de papelão, cartolina branca, papel crepom branco, cola branca, tesoura,
canetas hidrográficas e lástex.
Na cartolina branca
desenhe um par de asas. Entregue os tubos de papelão para as crianças, e peça
para elas encaparem com o crepom branco e desenharem os olhinhos da pomba (no
inicio do tubo).
Cole as asas da pombinha
no tubo. Depois com o auxílio da agulha, perfure o tubo de papelão e as asinhas
para passar o lástex.
LIÇÃO 06 –
JUNIORES
TEMA: JESUS
ENSINA SOBRE ORAÇÃO
TEXTO BÍBLICO:
MATEUS 6.5-13
Você quase pode ver a angústia estampada na face
dos discípulos, no momento em que eles estavam ao redor do Mestre Jesus. Um
deles, talvez Pedro, assume o papel de porta-voz do grupo. Em vez de pedir:
“Senhor, ensina-nos como orar”, ele rompe o silêncio e diz: “Senhor, ensina-nos
a orar agora!”(Lc 11.1).
Suas palavras demonstravam tanto ansiedade
quanto expectativa. Por diversas vezes, viram Jesus se retirar para lugares
isolados, e maravilhavam-se ao ver a serenidade que o Mestre apresentava após
aqueles momentos. É bem possível que os discípulos não soubessem o que fazia a
face de Cristo brilhar, porém estavam certos de que, fosse o que fosse, eles
também queriam vivenciar esta experiência, e naquele instante!
Certamente os discípulos já ouviram Jesus pregar
sobre a oração, especialmente no momento em que Ele apresentou o fascinante
Sermão da Montanha (Mt 5-7). No entanto, aquele fora um sermão público,
ministrado a uma multidão, e esta era a oportunidade para uma reunião
particular. E Jesus, percebendo a ansiedade deles, sabia que teria total
atenção.
Havia centenas de orações registradas nas
Escrituras, as quais o Mestre poderia ter chamado a atenção dos discípulos
naquele dia. Por exemplo, a maravilhosa oração de Salomão, narrada no segundo
livro das Crônicas. Jesus também poderia ter respondido aos discípulos,
mencionando as orações de Josué, Jefté e, além dessas, a de Jabez. Entretanto,
não fez isso. Jesus sabia que seus discípulos nunca compreenderiam plenamente
os exemplos de oração, se não entendessem primeiramente os princípios da
oração. É exatamente por isso que Ele nos deixou seu modelo de oração.
Não nos deu um mantra; deu-nos um padrão de
oração, e os discípulos aprenderam perfeitamente. Na verdade, até mesmo uma
leitura superficial das epístolas nos revela o quanto assimilaram bem aquela
lição. Em poucos anos, eles viraram o Império Romano de cabeça para baixo!
Professor, ensine aos alunos que da mesma forma
que a oração de Jesus revolucionou a vida dos apóstolos, pode transformar a
vida deles também. Incentive aos alunos a terem uma vida de oração (Texto
extraído do livro A Oração de Jesus de Hank Hanegraaff, CPAD).
Boa ideia!
Você vai precisar de uma caixa de presente
lacrada e com uma fenda no centro, retângulos de papel ofício e lápis preto.
Entregue a cada aluno um retângulo e um lápis.
Eles devem escrever um pedido de oração e colocar dentro da caixa. Escolha um
por orar todos os dias pelos pedidos, e trazer a caixa no próximo domingo e
entregar a outra criança e assim sucessivamente até que todos tenham
participado. Durantes os domingos dê oportunidade para que os alunos
testemunhem as respostas de oração.
Lição 06 –
PRÉ-ADOLESCENTES
TEMA: Sob
Influência
Texto Bíblico:
2 Reis 18.3,5-7; 22.1,2
O grupo de amigos é a ponte entre a segurança
oferecida pela independência dos pais e a liberdade da independência. Trata-se
também de uma característica predominante da vida social do adolescente. Os
grupos de jovens adolescentes continuam a ser compostos por pessoas do mesmo
sexo, como se fossem uma extensão das turmas de juniores.
O forte desejo de ser aceito pelo grupo leva os
adolescentes a fazerem quase tudo. Seja qual for o estilo de roupas do grupo,
ele o adotará. Não importa a gíria usada pelo grupo, ele a usará. Tudo quanto o
grupo apreciar, ele também vai gostar. Tudo o que o grupo fizer, ele fará.
Ser diferente é cometer suicídio social. Deste
modo, é difícil para o adolescente – se não impossível – ser o único a optar
pelo Senhor e por seus mandamentos, quando o grupo não está interessado nisso
ou age de forma contrária à Bíblia.
Professor, é vital que você aceite a todos de
sua classe e não escolha favoritos. Seja amigo e mostre interesse pessoal por
cada aluno. A Escola Dominical deve ser um grupo onde todos se sentem
confortáveis, sabem que fazem parte da classe e são amados. Faça um esforço
especial para incluir alunos que são rejeitados pelo restante da turma. Planeje
com o grupo e participe de atividades para o Senhor dentro e fora da igreja.
Ensine e estimule a evangelização entre amigos para ajudar os adolescentes a
testemunharem para os colegas sobre Jesus, sem medo do ostracismo
(exclusão,banimento) social.
Bibliografia:
JONHSON,Lin. Como Ensinar Adolescentes, Descubra
a alegria de trabalhar com eles. Rio de Janeiro:CPAD,2003.
LIÇÃO 06 – ADOLESCENTES
TEMA: FUJA DA IMORALIDADE
TEXTO BÍBLICO: PROVÉRBIOS 5.1-14; 6.24-29
Os adolescentes sofrem
muito mais pressões no campo sexual do que seus pais enfrentaram. Vivem numa
sociedade em que a mídia usa o sexo para vender de tudo e exalta o sexo fora do
casamento. A regra bíblica de esperar até o casamento é tratada como um tema
arcaico. Além da pressão, seu relógio
biológico não coincide com a nossa cultura de retardar o casamento até, pelo
menos, o término do Ensino Médio, na maioria dos casos.
Embora entrem na
puberdade com acompanhamento sexual, uma quantidade significativa de
adolescentes experimentam relações sexuais. A gravidez na adolescência, até
mesmo entre a faixa de 12 e 13 anos, está em alta.
Os adolescentes são
pajeados, entretidos e hipnotizados pela televisão. O tempo que despendem
assistindo TV é maior do que aquele que será empregado nos estudos, e a maioria
das coisas que assistem, divergem e escarnecem dos preceitos e valores
bíblicos. O mesmo cardápio se difunde na indústria dos livros e revistas.
No campo da música, os
valores e atitudes dos adolescentes são moldados pelas letras de músicas
obscenas, que exaltam o sexo, a perversão, a violência, as drogas e o
ocultismo.
Além das influências
predominantemente negativas, a publicidade visa ensiná-los a serem
materialistas e avarentos.
Como os adolescentes de
hoje enfrentam pressões inacreditáveis, precisam e desejam que os adultos os
ouçam e os levem a Deus, que é especialista em situações impossíveis. Uma
dessas pessoas importantes é você, professor.
Boa Ideia
Professor confeccione um diário de bordo para seus alunos. Explique-lhes
que o diário de bordo é um precioso auxílio para os navegantes. É o local onde se anotam e registram diversos fatores que
ocorrem em uma viagem.
Apresente-lhes o diário que você preparou. Explique-lhes
como devem ser feitas às anotações. Eles precisam anotar tudo o que fizerem durante
todo o dia.
O objetivo deste diário é saber como os alunos dividem o
próprio tempo, e com o que eles têm se ocupado mais.
Oriente-os a priorizar as coisas de Deus e dedicar-lhe mais tempo.
Explique que da mesma maneira que o timoneiro é o
responsável em guiar a navegação, nós somos responsáveis em guiar e administrar
a nossa vida.
Diário de Bordo
Data ___/__/___
Timoneiro
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01h
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2h
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3h
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4h
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5h_________________________
6h
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7h
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8h
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9h
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10h_______________________
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11h_____________________
12h_____________________
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14h_____________________
15h
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16h _____________________
17h
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20h_____________________
21h_____________________
22h_____________________
23h
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00h
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LIÇÃO 06 –
JUVENIS
TEMA: – OS
PRÉ–REFORMADORES
Texto Bíblico:
Apocalipse 3.1-6
PEDRO VALDO, JOHN WYCLIFFE E JOHN HUSS: OS PRÉ –
REFORMADORES DA IGREJA
Prezado
professor, a obra “Deus E o Seu Povo” pode auxiliá-lo muito nesse trimestre. De
acordo com o historiador eclesiástico James Garlow, Deus levantou três homens num
contexto de corrupção e perversidade na Idade Média. São eles:
PEDRO
VALDO – Nascido em Lyon (1150 – 1218), França, filho de um
comerciante rico, Pedro Valdo tornou-se um homem de negócios bem sucedido.
Porém, entre os anos de 1175 e 1176, Pedro Valdo vivenciou a transformação
integral de sua vida através de seu encontro com Cristo. Apaixonado pela
Escritura, ele instituiu dois sacerdotes (clérigos) para traduzir os principais
trechos da Bíblia para o francês, a fim de que as pessoas pudessem lê-la e
estuda-la.
Pedro
Valdo, por amor a Cristo, doou toda a sua fortuna para os pobres e começou a viajar
para pregar a Palavra de Deus. Depois de algum tempo alguns seguidores
começaram a aglomerar-se em torno da pessoa de Pedro Valdo. Por isso formou-se
um grupo denominado “Os Valdenses”. Eles viajavam pregando e ensinando a
Palavra de Deus. Uma de suas ações mais corajosa foi denunciar a vida luxuosa
que o clero católico levava, em detrimento da vida simples do povo, e sua
mundanidade.
JOHN
WYCLIFFE – Nascido entre 1325 e 1329, em Hipswell, na
área de Yorkshire, Inglaterra. John Wycliffe foi considerado a pessoa mais
influente na Inglaterra. A partir de 1340, graduou-se em três faculdades pela
Universidade de Oxford. E concluiu seu doutorado em Teologia. A faculdade de
Balliol, na Universidade de Oxford, foi o lugar aonde ele lecionou pela
primeira vez.
John
Wycliffe destacou-se pelas realizações de suas conferências onde ele atacava
permanentemente a devassidão e a perversidade do clero. Naturalmente essas
críticas ganharam a força e aprovação dos trabalhadores camponeses – cansados
de enviar grande somas de dinheiro para sustentar o estilo de vida luxuoso do
clero.
John
Wycliffe, ainda, se levantou contra a doutrina da Igreja Católica Romana e sua
estrutura de governo. Ambas eram opostas frontalmente à Bíblia. Isso lhe rendeu
alguns ataques e retaliações, mas através de John Wycliffe o caminho da Reforma
Protestante estava ascendendo.
JOHN HUSS – Nasceu entre 1369 e
1374, Husinetz, ao sul da Boêmia. Sua morte foi documentada com todos os
detalhes. Através desta, Jonh Huss é considerado o “João Batista” de Martinho
Lutero. Enquanto ele era queimado na estaca, disse: “Hoje vocês queimam um
ganso insignificante, mas daqui a cem anos ouvirão o canto de um cisne que não
será queimado, e nenhuma artimanha ou armadilha o prenderá”. Muitos interpretam
que o cisne se referia a Martinho Lutero, porque cem anos depois ele não foi
queimado na estaca por dizer as mesmas coisas pelo que Huss fora condenado.
Professor,
pesquise sobre esses três personagens da história eclesiástica e diga aos seus
alunos a importância de se ter reserva moral em meio a corrupção desse mundo. Destaque
o exemplo dos servos de Deus do passado e incentive-os a lerem sobre a vida de
grandes servos de Deus desse período difícil da Igreja de Cristo.
Boa aula e até a próxima!
LIÇÃO 06 - JOVENS E ADULTOS
TEMA: A
PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL NO DESERTO ATÉ O SINAI
INTRODUÇÃO
I. ISRAEL PEREGRINA PELO
DESERTO
II. ISRAEL NO MONTE
SINAI
III. IDOLATRIA DOS
ISRAELITAS
CONCLUSÃO
A Aliança
do Sinai
Não serão tratadas aqui as questões teológicas
que envolvem o chamado pacto mosaico ou sinaítico. Basta mencionar que através
desta aliança o Senhor Jeová confirmou a redenção que efetuara – livrou os
hebreus da suserania egípcia, tornando-os seus próprios servos, “...um reino
sacerdotal e o povo santo” (Êx 19.6). O papel deste povo a partir daquele
instante seria mediar ou interceder como sacerdote entre o Deus santo e as
nações rebeldes do mundo, tendo em vista não somente proclamar a salvação, mas
também providenciar o canal humano através do qual esta seria efetuada.
Pode-se afirmar historicamente que as doze
tribos de Israel estavam presentes no Sinai para participar da aliança com
Jeová. Esta afirmação é rejeitada por Martin Noth e outros estudiosos, que
afirmam ter sido a tradição sinaítica originalmente propriedade de uma ou duas
tribos, que então compartilharam seu entendimento acerca do passado com as
demais tribos, até que a herança de cada uma tornou-se a herança de todas.
Nota-se claramente que uma das intenções da narrativa do êxodo e da aliança é
provar que todo o Israel tomou parte no êxodo e encontrou-se com Jeová no
Sinai. Somente uma avaliação céptica do texto fundada em hipóteses críticas
improváveis pode afirmar algo que não seja a participação das doze tribos de
Israel nesse momento crucial e sagrado de sua história.
Um outro fato importante é que a forma literária
em que a aliança do Sinai aparece (Êx 20―23) é profundamente semelhante aos
tratados de suserania e vassalagem do antigo Oriente Médio, especialmente os
hititas, que foram feitos no mesmo período. A semelhança torna-se ainda maior
no livro de Deuteronômio, que efetivamente é uma aliança extensa e apropriada à
geração de israelitas que estava para entrar em Canaã. De acordo com George
Mendenhal, Meredith Kline, Kenneth Kitchen e outros estudiosos, Êxodo 20―23 e
Deuteronômio seguem a mesma estrutura e contêm os elementos essenciais dos
clássicos tratados entre suserano e vassalo, que foram descobertos em grande
abundância nos arquivos dos hititas em Boghazkeui, Turquia (antiga Hatusas).
Visto que a maior parte desses textos existe desde a Idade do Bronze Recente,
conclui-se que os sido tradicionalmente relacionado à época de Moisés. Porém,
na intenção de defender uma data bem mais recente para o livro de Deuteronômio,
muitos estudiosos preferem associar sua forma e conteúdo aos documentos
neo-assírios do sétimo século.
Mas uma minuciosa comparação entre esses
tratados e os textos bíblicos revela problemas insuperáveis de interpretação.
Por exemplo, as fórmulas de bênçãos fazem parte integral tanto da literatura do
Bronze Recente quanto dos textos bíblicos, embora sejam completamente estranhos
aos documentos assírios. Pela lógica, fica claro que Moisés adotou a forma e o
estilo de tratados que eram bem conhecidos no décimo quinto e décimo quarto
séculos, compondo os textos bíblicos baseado nesses modelos.
O motivo de Moisés ter adotado esta forma é
perfeitamente compreensível. Ele poderia com certeza ter criado um novo estilo
literário, com seus próprios elementos peculiares; mas, visto que sua intenção
era ser mais instrutivo do que criativo, ele utilizou um veículo com o qual o
povo já estava bastante familiarizado. Em outras palavras, como um bom
professor Moisés estava ciente do princípio pedagógico segundo o qual o aluno
aprende melhor quando o ensinamento parte do conhecido para o desconhecido.
Moisés se utilizou desta forma de comunicação a fim de que a aliança entre
Jeová e Israel pudesse ser revestida na forma dos tratados internacionais,
intentando preservar as verdades teológicas profundas que a ela estão
associadas.
Texto extraído da obra “História de Israel no Antigo Testamento”, editada pela CPAD.