Lição 01 - MATERNAL
TEMA: Eu
amo o Papai
Gênesis:
15.1-5; 21.1-5
I - De professor para professor
Prezado professor, neste domingo as crianças
aprenderão que devem amar o papai.
·
Recapitule
a lição anterior. Pergunte o que elas aprenderam.
A palavra-chave que trabalharemos neste
domingo é “Papai”. No decorrer da aula, repita a frase: “Devo amar o papai”.
II – Para refletir
Que mudança! Deus prometeu um filho aos
idosos Abraão e Sara; eles esperaram. Finalmente, o milagre do nascimento
aconteceu e, com ele, veio também um transbordamento de alegria como o mundo
nuca tinha visto antes numa casa. Agora o garoto devia ser devolvido a Deus em
sacrifício pelas mãos de seu próprio pai. Isso deixa a mente perplexa; isso
muda tudo.
Com estonteante rapidez, Abraão sai numa
jornada. Que sentimento inundava seu coração enquanto ele e seu mancebo
caminhavam fica por conta de nossa imaginação. Nós só sabemos que ele obedeceu,
crendo que Deus proveria uma forma de cumprir sua promessa. Hebreus diz que ele
cria que Deus podia levantar Isaque dos mortos (Hb 11.19).
Quase tudo que nos acontece testa a nossa fé.
Nós parecemos ter muito pouco dinheiro para dar, apesar de Deus dizer que Ele
sempre satisfará as nossas necessidades. Será que nós cremos? Queremos tomar
vingança, mas Deus diz que dEle é a vingança. Será que nós cremos? Cristo
morreu pelos nossos pecados e diz que os purificará se nós simplesmente
confiarmos nEle. Aceite a promessa de Deus e descubra a bênção dEle ( Texto
extraído do livro 365 Lições de Vida
Extraídas de Personagens da Bíblia, CPAD).
III – Regras prática para professores
A criança
tem:
Personalidade própria – na Bíblia encontramos
o apóstolo Paulo afirmando sua personalidade infantil: “ Quando eu era menino,
falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que
cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” ( 1 Co 13.11).
Criatividade – para desenvolver a criatividade da criança
devemos criar na classe um ambiente de lar que tenha as mesmas coisas a que
elas estão acostumadas, de acordo com a faixa etária. Por exemplo: brinquedos,
jogos especiais, livros, etc.
Imaginação - As crianças têm imaginação fértil, são
extremamente inteligentes e conseguem brincar com coisas simples do dia-a-dia
(tampa de panela, volante, madeira, boneca, brinquedos, etc.), como também
podem criar seus próprios modelos a partir de objetos que possam ser reciclados
e transformados, tornando algo simples em uma brincadeira alegre e contagiosa.
Características específicas - As crianças são
crédulas e confiantes, e por isso mesmo devem ser objeto de nosso maior cuidado, pois tudo o que for ensinado
ficará gravado. Daí a nossa grande responsabilidade (Texto extraído do livro A importância do Evangelismo
Infanto-Juvenil, CPAD).
IV– Sugestão
Você vai precisar de
cartolina branca, cola branca, papel picado colorido, purpurina e cola colorida.
Recorte a cartolina
em retângulos e escreva no centro a frase “Eu amo o papai”. Distribua os
cartões para as crianças e peça para enfeitarem, pois será entregue ao papai.
Lição 01 - JARDIM DE INFÂNCIA
O
Filho de Deus no mundo
Leitura
Biblica: Lucas 2.8-16
Os
Pastores Ouvem o Anúncio Celestial (2.8).
Entre os judeus, a ocupação de pastor era uma
das mais humildes, e provavelmente por essa razão Deus decidiu revelar o
nascimento do Salvador em primeiro lugar aos pastores. Isto está de acordo com
a escolha de uma manjedoura como o lugar do nascimento. A palavra grega
traduzida como estavam tem o mesmo sentido de “moravam”, e não de simplesmente
passar o dia ou à noite com o rebanho. Estes pastores viviam – talvez em tendas
ou barracas – onde eles cuidavam dos seus rebanhos.
Os
anjos trouxeram novas de alegria (2.10).
Embora o medo fosse uma reação natural,
gritos de alegria seriam muito mais apropriados. As novas que o anjo trouxe
eram as melhores noticias que o homem já tinha ouvido. Os anjos se regozijaram
naquela noite pela grande felicidade dos homens, porque a redenção não se
destinava aos anjos santos, mas sim à humanidade pecadora decaída. Estas novas
eram para todo o povo. A aplicação (potencialmente) da redenção à personalidade
humana seria tão ampla quanto a raça, e tão duradoura quanto o tempo, e os seus
benefícios durariam para sempre (Texto extraído do Comentário Bíblico Beacon,
v.6, CPAD).
Professor, não se esqueça de que os
pequeninos têm alma e necessitam de salvação. Faça com que seus alunos
compreendam o plano de salvação, e reconheçam a importância de seguir a Jesus.
Não é cedo para ensinar o caminho da salvação, a Bíblia nos afirma isso em
Provérbios 22.6.
Lição O1 - PRIMÁRIOS
TEMA: Tudo que o Senhor mandar!
Texto Bíblico: Êxodo 24.1-7; Juízes 1.27-2.23
Um juiz ou magistrado civil é mencionado pela
primeira vez em Israel sob a liderança de Moisés, quando Jetro sugeriu que
Juízes fossem designados para aliviar Moisés em suas responsabilidades administrativas
(Êx 18.13-26). Mais tarde, Israel se organizou em unidades dentro de cada tribo
com um homem qualificado como juiz. Estes homens deveriam julgar corretamente,
destemidamente e imparcialmente (Dt 1.16). Somente os casos mais importantes
eram trazidos diante de Moisés (Dt 1.12-18; 21.2).
Durante a era entre as conquistas e a
monarquia em Israel, os invasores opressores eram sucessivamente mesopotâmios,
moabitas, cananeus, midianitas, amonitas e filisteus. Os notáveis juízes que
foram usados para agir contra eles foram Otoniel, Eúde, Débora e Baraque,
Gideão e Sansão, conforme a narrativa do livro de Juízes. Os líderes principais,
ou juízes do povo, eram aqueles que tinham a missão principal de livrar os
israelitas das nações opressoras (Texto extraído do Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD).
Professor, explique às crianças que nos dias
de hoje também existem os juízes que julgam as causas dos homens, assim como os
juízes de Isael. A diferença era que esses homens em Israel também eram líderes
religiosos, ou seja, eram responsáveis por conduzir o povo a Deus.
Lição 01 - JUNIORES
Vida
de Profeta é Difícil!
Texto
Bíblico: 1 Reis 17.1; 18.15
Profeta, esta palavra é derivada do termo
grego prophetes “aquele que fala
sobre aquilo que está porvir [ou adiante]”, um proclamador ou intérprete da
revelação divina. Ela geralmente refere-se àquele que age como porta-voz. Às
vezes, também é sinônimo de “vidente” ou “pessoa inspirada”, e traz a conotação
de um prenunciador ou revelador de eventos futuros. O uso prático determina o
sentido em que a palavra deve ser entendida.
A profecia é um dom que Deus concede, não com
finalidade de prevermos o futuro, mas de nos levar a Cristo (Ap 19.10b). As
profecias são repletas de benefícios espirituais como a edificação, a
consolação e o conforto; elas apresentam a vontade de Deus (Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD).
Professor, explique às crianças a diferença
entre os profetas de Deus e os adivinhos que o mundo confia para prevê o
futuro.
Boa ideia
Você vai precisar de jornais e revistas que
contenham a seção de horóscopo, propaganda de cartomantes, etc.
Entregue aos alunos e peça para eles fazerem
uma leitura breve. Depois explique que horóscopo, cartomantes, ciganas, etc.
são estratégias de Satanás para confundir as pessoas. O inimigo não tem o poder
de prever o futuro. Somente Deus sabe o que acontecerá no dia seguinte.
Lição
01 - PRÉ-ADOLESCENTES
TEMA: Unidos
Venceremos
Leitura
Bíblica: 1 Coríntios 1.5,6,9-13
A igreja é um organismo. Comparada a um corpo,
a Igreja do Senhor tem sua cabeça, que é Cristo, como dizem as Escrituras:
“Ele é a cabeça do
corpo da igreja; é o principio e o primogênito dentre os mortos, para que em
tudo tenha preeminência” (Cl 1.18). Os membros desse organismo são os crentes
em geral. Paulo, escrevendo à igreja em Corínto, demonstrou extraordinária
percepção dessa verdade: “Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros,
e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois
todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque
também o corpo não é um só membro mais
muitos”( 1Co 12.12-14). Aos Efésios, o apóstolo escreveu, sobre Cristo,
dizendo: “Ele se sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas,
o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que
cumpre tudo em todos” ( Ef 1.22,23).
A Igreja de Cristo compõe-se de todos os que
são “chamados para fora” do mundo, dentre todas as nações, para formarem o Corpo de Cristo. Neste sentido,
ela é perfeita. Está sendo preparada por Cristo, como “igreja gloriosa”, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27).
Professor
explique aos alunos que a unidade é importante para o crescimento da igreja, como diz o ditado
popular: “A união faz a força”.
Lição 01 -ADOLESCENTES
Bem-Vindo a Equipe de Cristo
Texto Bíblico: 1 Coríntios 9.24-27
Professor, neste último trimestre de 2009
estudaremos acerca do atleta cristão, aquele que corre rumo ao prêmio
incorruptível. A cada domingo afirme aos
alunos de que vale a pena permanecer nessa corrida.
“Não sabeis vós que os que correm no estádio,
todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio” (v. 24). O “Prêmio”, a
coroa “incorruptível”, refere-se à vitória de obtemos a salvação eterna, o alvo
precioso da vida cristã. Esse alvo somente podemos atingir, abrindo mão de
alguns de nossos direitos, por amor ao próximo, e renunciando as coisas que nos
eliminariam para a corrida espiritual.
“...Correi de tal maneira que o alcanceis”
(v.24). Paulo ilustra o princípio de que se alguém deixa de exercer seu
autodomínio, a abnegação e o amor ao próximo, e renunciando as coisas que nos
eliminaram para a corrida espiritual.
“... Eu não venha de alguma maneira a ficar
reprovado”(v. 27). Ficar reprovado, encerra a ideia de ser “reprovado em prova”,
“ser rejeitado”. Paulo emprega esse mesmo termo em 2 Co 13.5, onde declara que
Cristo não habita naqueles que são reprovados. Paulo não se refere meramente à
perda de um galardão ministerial. O que ele reconhece é a possibilidade de
deixar de obter o prêmio da salvação final, se deixar de viver uma vida santa,
de exercer o autodomínio e de suportar sofrimentos por amor a Cristo (Texto
extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1749. Rio de Janeiro,CPAD).
Lição 01 - JUVENIS
TEMA: Influência dos Meios de Comunicação
Introdução
Estamos
vivendo na era da informação. A influência da mídia, em especial a televisão,
atualmente é inegável. Tomando esse fato como ponto de partida, procuro
analisar a influência da publicidade no
comportamento de crianças e adolescentes. Basta uma olhada rápida ao
nosso redor para percebermos que a publicidade está em toda parte — nas ruas,
rádio, revistas, internet, igrejas —, mas em especial na televisão. A TV está
presente e tem exercido influência em muitos lares evangélicos. Não podemos
negar essa realidade. Mesmo com o avanço das tecnologias digitais, a televisão
continua ocupando um espaço privilegiado no cotidiano das famílias brasileiras.
Hoje ela é o principal veículo por meio do qual as crianças e os adolescentes
são atingidos pela propaganda.
Antes
de adotar uma postura crítica frente ao uso da televisão e da mídia, é preciso
ter consciência de que esta não é a única responsável pelo mau comportamento
das crianças e jovens. Caso fosse a única, bastaria termos uma TV perfeita para
vivermos um Éden aqui na Terra. O que acontece é que as crianças e os
adolescentes (e adultos também) estão se excedendo diante de um veículo de
comunicação que tem o poder de manipular o pensamento, as ideias.
- A
publicidade na “telinha”
As
Escrituras Sagradas nos advertem: “Não
porei coisa má diante dos meus olhos...” (Sl 101.3). Atualmente, essa
advertência não é apenas divina, pois psicólogos e psiquiatras também alertam e
advertem sobre os problemas causados pelo excesso de exposição à mídia,
principalmente a TV. A criança brasileira é uma das que passam a maior parte do
tempo livre diante da televisão. Segundo uma pesquisa do Painel Nacional de
Televisão do Ibope, publicada no livro Crianças
do Consumo, de Susan Linn, as crianças brasileiras de 4 a 11 anos assistem
em média a 4h51 minutos de TV por dia. O Brasil ficou em primeiro lugar — antes
dos Estados Unidos — na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do
televisor, principal veículo pelo qual as crianças são atingidas pela
propaganda. A criança e o adolescente evangélico, que frequentam a ED, não
estão de fora desses números. Eles também são alvo da propaganda e acabam se
tornando consumistas inconscientes, adquirindo hábitos que são prejudiciais à
saúde física, mental e espiritual, contrariando os princípios bíblicos. As
crianças são um alvo fácil, pois não conseguem abstrair. O pensamento delas é
concreto, literal. Veja o que nos diz a pesquisadora Susan Linn sobre isso.
“Até a idade de
cerca de oito anos, as crianças não conseguem realmente entender o conceito de intenção
persuasiva — segundo o qual cada detalhe de uma propaganda foi escolhido para
tornar o produto mais atraente e para convencer as pessoas a comprá-lo” (2006,
p. 22).
As
cores, a música, o cenário, os personagens e os muitos efeitos especiais são
estrategicamente pensados a fim de tornar o produto mais atraente. Objetivo é
somente um: o lucro. Eles querem vender. Não estão pensando no que é realmente
bom para as crianças e os jovens. A propaganda mexe com as emoções. Os
publicitários sabem como fazer isso e o fazem muito bem. Pare e pense: Qual é
seu comercial predileto? Você verá que a maior parte deles está relacionada à
sua infância. Quantas recordações eles trazem até a sua mente. Você acaba sendo
envolvido por um turbilhão de sentimentos e torna-se mais susceptível a
adquirir alguns produtos, mesmo que não precise deles.
- Esquemas
de convencimento na propaganda
Adilson
Citelli, na sua obra Linguagem e
Persuasão, apresenta alguns dos esquemas básicos utilizados pela
publicidade para o convencimento. Vejamos:
- Velhas
fórmulas (uso de estereótipos). Exemplo: A figura de um jovem bem
vestido (roupas de griffe), bonito (sarado), passa a ideia de pessoa
bem-sucedida, honesta. É o convencimento pela aparência.
“A grande
característica do estereótipos é que ele impede qualquer questionamento acerca
do que está sendo anunciado, visto ser algo de domínio público, uma “verdade”
consagrada” (2002, p. 69).
- Substituição
de nomes. Os
termos são alterados com o objetivo de influenciar positiva ou
negativamente certas situações. Exemplo: “Glamorosas, para jovens
elegantes, bonitas, charmosas”.
- Apelo
à autoridade.
Utilização de profissionais de determinadas áreas a fim de validar a
mensagem, conceito que a propaganda quer transmitir. Exemplo: Dentistas,
atletas, professor, etc.
- Afirmação
e repetição.
O slogan utilizado por uma grande marca de chocolate que não saia da nossa
cabeça: “Compre Batom!” Essa era uma estratégia utilizada pelos nazistas.
“Goeblees, o teórico da propaganda nazista, apregoava que uma mentira
repetida vezes era mais eficaz do que a verdade dita uma única vez”[1].
- Os
efeitos nocivos da propaganda
•
Aumento da obesidade infantil - As crianças já não brincam mais como deveriam
e estão cada dia mais sedentárias. De acordo com dados apresentados pela Escola
Paulista de Medicina, na “Primeira Jornada de Alimentos e Obesidade na Infância
e Adolescência”, no Brasil 14% das crianças são obesas e 25% estão acima do
peso.
As
empresas de alimentos infantis têm investido no marketing de seus produtos
colocados à disposição das crianças, uma vitrine atraente, repleta de
guloseimas. Segundo os especialistas, a propaganda tem o poder de afetar as
crianças mais profundamente do que os adultos, levando-as a consumir alimentos
nem sempre saudáveis. O Instituto Alana publicou uma pesquisa que mostra dados
bem alarmantes. Observe os dados da pesquisa:
“50% das propagandas vistas na televisão pelas crianças são de
alimentos, sendo 34% de guloseimas e salgadinhos, 28% de cereais, 10% de fast food, 1% de suco de frutas e
nenhuma de frutas e legumes”.
• Aumento da
agressividade
- As crianças ficam expostas a imagens violentas e repletas de sexualidade, o
que acaba por afetar seu comportamento social e seus valores. As crianças que
assistem à violência gratuita estão propensas a enxergá-la como uma maneira
eficaz de resolver conflitos. Segundo a Academia Americana de Pediatria,
“assistir à violência pode levar à violência na vida real”.
•
Aumento da atividade sexual precoce e
fora do casamento. A infância e a adolescência tornaram-se curtas e o
número de adolescentes grávidas virou uma questão de saúde pública. Brandon Tartikoff,
antigo presidente da NBC, declarou: “Realmente, acredito que as imagens
influenciam os comportamentos [...] a TV é financiada por comerciais e a
maioria usa comportamentos imitativos”.
•
Diminuição do diálogo familiar. Os
pais já não conversam como deveriam com seus filhos, pois o tempo que lhes
sobra é gasto diante da “telinha”, quando o silêncio é exigido. Solange Jobim e
Souza em sua obra a Subjetividade em
Questão, diz que “nos lares de hoje as famílias não mais contam suas
histórias. O convívio familiar se traduz na interação muda entre as pessoas que
se esbarram entre os intervalos dos programas da TV e o navegar através do éden
eletrônico [...]. O tato e o contato entre as pessoas, na casa ou no trabalho,
cedem lugar ao impacto televisual”.
De
acordo com os terapeutas de família, o problema número um em nossos dias é o
colapso da família. Na pós-modernidade, um novo termo tem sido utilizado pelos
terapeutas para descrever a difícil situação das famílias: disfuncional. Mas o que significa esse termo? Mau funcionamento?
Este parece o significado óbvio, mas não é a definição precisa. Segundo [2]Ed
Young o prefixo dis significa
“perigoso”. Então, uma família disfuncional, por definição, é uma família que
está funcionando “perigosamente”.
Perigosa para quem? Perigosa para os filhos, maridos e esposas, e para a
sociedade em geral.
• Consumismo. Fica difícil
para as crianças e adolescentes resistirem aos apelos do consumo. A verdade é
que acabamos por aceitar a cultura consumista.
Muitos
pais fazem o possível e o impossível para que a pseudofelicidade prometida pelo
consumo esteja ao alcance de seus filhos. Isso se deve ao fato de que na
atualidade o “ter” passou a ser mais importante que o “ser”.
• Não
observância dos princípios bíblicos. Muitos dos princípios de Deus para a
família vão sendo deixados de lado, já não sendo mais observados. O que mais
ouvimos das crianças e dos jovens é: “Todo mundo faz”; “Todo mundo tem”. Mas os
princípios bíblicos são imutáveis.
- Podemos
interagir com a mídia
Diante
de tantos malefícios, fica a pergunta: É lícito interagir com a mídia? Para o
cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante
(1 Co 10.23; 16.12). Devemos fazer uso da mídia com prudência e discriminação.
De acordo com Charles Colson e Nancy Pearcey, podemos desfrutar da mídia desde
que estejamos treinados para sermos
seletivos e definamos limites para que as sensibilidades da cultura popular não
moldem o nosso caráter.
É
importante ressaltar que a mídia e a publicidade comunicam crenças de
valores, expressam sempre uma ideologia.
Michael Palmer, no livro Panorama do
Pensamento Cristão, diz que “os
cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler
essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a
Escritura”. Esse é o problema. As crianças e adolescentes conseguem fazer essa
leitura? É difícil! Eles precisam ser ensinados a fazer isso. Quem vai
ensiná-los? Em primeiro lugar os pais, mas a igreja e a Escola Dominical também
têm sua parcela de responsabilidade e podem contribuir com a família.
- Tem
“alguém” por trás da propaganda
Esse
alguém a que me refiro não são os técnicos, redatores, editores, pessoas de
carne e osso como nós. Esse alguém não possui um corpo físico. Ele é o Inimigo
de nossas almas, lembrando que a sua função neste mundo é matar, roubar e
destruir. As estratégias de Satanás para destruir as famílias mudam de tempos
em tempos, e especificamente nos tempos pós-modernos. Temos visto o mundanismo
na mídia, principalmente na TV, ridicularizando a fé cristã e refletindo de
modo negativo em algumas famílias. Quando a família não dá muita ênfase à TV,
as crianças, por influência dos amigos, concluem que sua família é “estranha”
por priorizar Jesus e a igreja, uma vez que as famílias exibidas nos programas
televisivos e nos comerciais não vivem como a sua.
As
pessoas estão hipnotizadas diante da subjetividade das imagens; muitas já não
conseguem discernir as artimanhas de Satanás. Precisamos clamar por um
avivamento de contrição e santificação (1 Pe 1.15,16; 1 Ts 5.23).
No
livro Criança Pergunta Cada Coisa..., Doris Sanford afirma que os pais devem olhar
no mínimo um episódio do programa antes de permitir que as crianças assistam. É
preciso selecionar cuidadosamente a programação que a família vai assistir. Uma
pesquisa feita na Argentina mostrou que 95% das crianças conhecem toda a
programação televisiva, mas apenas 5% dos pais sabem o que seus filhos
assistem.
- Riscos
na infância e adolescência
Na
atualidade a criança vem correndo vários riscos. O modo como uma nação trata
suas crianças e jovens diz muito sobre como será o seu futuro. Observe o que
nos diz Jobim e Souza:
“[...]
a criança contemporânea tem como destino flutuar erraticamente entre adultos
que não sabem mais o que fazer com ela. Crianças passam assim a compartilhar
entre si suas experiências mais frequentes, as quais se limitam, na maioria das
vezes, ao contato com o outro televisivo, remoto, virtual e maquínico” (1997).
Como
temos tratado nossas crianças? Como Igreja do Senhor, o que temos feito? Qual
tem sido a nossa preocupação com a Educação Cristã?
A
televisão e a propaganda estão impregnadas em nós de tal forma que podemos
vê-la até na Escola Dominical. Na Escola Dominical? Isso mesmo! Está presente
na fala das “tias”, nas músicas que as crianças cantam, no modo como se vestem,
nos gestos, nos brinquedos e nas brincadeiras. A televisão nos leva a consumir
não somente mercadorias, mas também imagens, linguagem, modo de ser... A
Educação Cristã não deve se restringir às salas de aula da ED, pois nossos
alunos são indivíduos afetados por seu meio. A reflexão a respeito da
publicidade é relevante e fundamental para que possamos oferecer às crianças e
jovens uma educação que lhes possibilite, de fato, dialogar com a mídia e com a
nossa cultura.
Para
Gilka Giradello, coordenadora do Ateliê Aurora, é fundamental fazer com que as
crianças e jovens compreendam que a televisão não é uma “janela para o mundo —
como gostam de caracterizar os mais otimistas: Ela é um recorte muito bem
produzido e montado da realidade — e não a realidade”.
- O
papel da família
Os
pais são os responsáveis em alertar os filhos e protegê-los dos efeitos
nefastos da mídia e da publicidade. O
pai não deve ser só o provedor do lar: deve ser o sacerdote; deve proteger sua
casa espiritualmente (Êx 12.3,7,13). Todavia, os pais precisam de nossa ajuda,
como servos de Deus e profissionais.
Tudo
ficaria mais fácil para os professores da ED se os alunos fossem orientados
pelos pais em casa. Todavia, muitas famílias transferem a responsabilidade de
educar para os professores da ED e para a escola; esquecem-se de que é função
deles instruir as crianças no caminho em que devem andar (Pv 22.6; Dt 6.6-9).
Encontramos no livro de Deuteronômio a importância e a necessidade de os pais
ensinarem as crianças. Observe as referências: Deuteronômio 4.9; 6.7; 11.19.
O
psiquiatra Içami Tiba escreveu: “A herança genética está nos cromossomos. Mas
desde o nascimento a criança absorve o modo de viver, o como somos, da
família”. Se a família tem uma visão correta a respeito da mídia e da
publicidade não terá dificuldade de passar isso aos filhos.
- O
papel da Igreja e da Escola Dominical
O
marketing infantil é uma indústria enorme, que envolve vários profissionais e
mexe com muito, muito dinheiro. A Igreja e a ED devem se unir na luta contra
esse “gigante”. Gosto da frase de John
Maxwell que diz: “Nada muito significativo foi alcançado por um indivíduo que
tenha agido sozinho”. Precisamos nos unir para que o ensino seja relevante. Os
alunos precisam aplicar a Palavra de Deus a suas vidas. Não basta ouvir é
preciso viver, saber aplicar a Palavra de Deus no dia a dia (Tg 1.22), fora dos
muros da igreja, diante da TV e de uma peça publicitária. Nossos alunos precisam saber como vão aplicar
o conteúdo à sua vida.
Conclusão
Como
educadores, temos a responsabilidade de alertar nossos alunos e os pais sobre o
poder sedutor da linguagem televisiva e da propaganda. Não podemos nos calar
diante dos estragos que a mídia vem produzindo.
Bibliografia
LINN, Susan. Crianças do Consumo: Infância roubada. 1.ed. São Paulo:
Instituto Alana, 2006.
SOUZA, Solange Jobim e.
Subjetividade em Questão: A infância como crítica da cultura. Rio
de Janeiro: Editora 7 Letras.
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15 ed. São
Paulo: Ática, 2002.
PALMER, Michael. Panorama do Pensamento Cristão. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
COLSON, Charles.
PEARCEY, Nancy. O Cristão na Cultura de
Hoje: Desenvolvendo uma visão de
mundo autenticamente cristã. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
SANFORD, Doris. Criança Pergunta Cada Coisa... 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
YONG. Ed. Os 10 mandamentos da criação dos filhos. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
[1]
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão.
15 ed. São Paulo: Ática, 2002.
[2] YONG, Ed. Os 10 mandamentos da criação dos filhos. 1. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2008.
LIÇÃO 01 - JOVENS E ADULTOS
O VALOR DOS BONS CONSELHOS
INTRODUÇÃO
I. JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
III. AS FONTES DA SABEDORIA
IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
CONCLUSÃO
OS LIVROS DE
PROVÉRBIOS E ECLESIASTES
Provérbios
O
termo hebraico maschal procede de uma
raiz que significa ser como, e isto tem o significado de comparação ou
similitude. O vocábulo pode ser traduzido como provérbio, parábola, alegoria,
dito satírico, motejo, discurso ou tratado. Os Provérbios são ditos sapienciais
breves; máximas e aforismos que procuram instruções para a alma na realidade da
vida prática.
Observações
Hermenêuticas sobre os Provérbios
A
exegese de Provérbios deve efetuar-se tendo presente algumas observações
especiais:
1º)
Determinar o tipo de linguagem usado no texto, denotativo ou conotativo, um
símile, metáfora, alegoria etc. e buscar o significado correspondente.
2º)
Fazer com que as figuras de linguagem não digam mais do que realmente quer
expressar o autor ao usá-la.
3º)
Estudá-los levando em conta o contexto social, moral e religioso. Muitas
comparações dos provérbios são extraídas da vida prática e, portanto, o
conhecimento da cultura e dos valores morais da época auxilia a exegese do
texto.
4º)
Identificar os paralelismos antitéticos, sinonímicos ou outros que possam
ocorrer.
O Livro de
Eclesiastes
No
hebraico chama-se Koheleth, um título
extraído de sua sentença inicial “Palavras de Koheleth, o filho de Davi, rei de
Jerusalém”. Jerônimo traduziu koheleth
por Ekklesiastes, que é a forma latina da palavra grega para pregador. Koheleth, vem de uma raiz hebraica que
significa “chamar, reunir”.
Quando
Koheleth foi traduzido por Jerônimo, levou-se em consideração o vocábulo latino
calo e o grego kaleo, que significa “congregar, reunir especialmente para fins
religiosos”. Jerônimo explica dizendo que no grego chama-se assim a pessoa que
reúne a congregação ou ekklesia.
O
tema dominante de Koheleth é a
vaidade e futilidade da vida sem Deus. Descreve dez tipos de vaidades:
1º Da Sabedoria
Humana..................2.15,16;
2º Do Trabalho
Humano...................2.19-21;
3º Do Propósito
Humano..................2.26;
4º Da Inveja
Humana.......................4.4;
5º Da Avareza
Humana.................4.7;
6º Da Glória
Humana....................4.16;
7º Da Ambição Humana................5.10;
8º Da Cobiça
Humana...................6.9;
9º Da
Frivolidade Humana.............7.6;
10º Das
recompensas Humanas......8.10,14.
Observações
Hermenêuticas sobre Eclesiastes
A
exegese de Eclesiastes deve efetuar-se tendo presente algumas observações
especiais:
1º)
Considerar a natureza da estrutura do livro. Eclesiastes é um monólogo
dramático que apresenta as complicadas experiências da vida. Nesse monólogo o
autor conversa consigo mesmo, comparando as experiências da vida uma com as
outras. É um sermão didático-filosófico autobiográfico cercado de especulações
sobre o sentido da vida, da morte, do trabalho, do amor, da juventude da
velhice, etc.
2º)
Considerar as diversas expressões que se repetem como indicativo do sentimento
de koheleth sobre o sentido vida.
Deve-se classificar entre elas hebel,
que é traduzido por vaidade. Das 71 ocorrênfcias de hebel no AT, cerca de 36 ocorrem somente em Eclesiastes, onde
aparece pelo menos uma vez em cada um dos 12 capítulos, exceto o capítulo 10. O
termo geralmente significa vento, sopro, o que comunica a ideia de vacuidade,
temporal, abstrato, inutilidade, vaidade. Dessas ocorrências o termo subjaz em
várias aplicações:
a)
Incapacidade
de realização no trabalho, por não conseguir ser criativo e não conseguir
controlar o livre uso e o destino de suas posses; isso é hebel
(2.11,19,21,21,23; 4.4,8; 6.2);
b)
A
ideia de que a conexão entre pecado e juízo, justiça e livramento, nem sempre é
direta ou óbvia, sendo uma anomalia da vida que é hebel (2.15; 6.7-9; 8.10-14).
Neste caso hebel significa “sem
sentido”;
c)
Para
lamentar a brevidade da vida, o que também é hebel (3.19; 6.12; 11.8,10). A vida, em sua qualidade, é vazia ou
sofre de vacuidade (insubstancial), e em sua quantidade é transitória.
Outras expressões
repetidas são “debaixo do sol” (cerca de 30 vezes), “correr atrás do vento” (r‘ût rûªh ― “aflição de
espírito” ARC), “então eu vi, “então eu considerei” e muitas outras.
Texto
adaptado da obra “Hermenêutica Fácil e
Descomplicada”, editada pela CPAD.