LIÇÃO 04 – MATERNAL
TEMA: Eu amo o vovô
Texto Bíblico: Gênesis 48.1-22
I - De professor para
professor
·
Prezado professor, neste domingo as crianças
aprenderão que devem amar o vovô.
·
Recapitule a lição anterior. Pergunte o que elas
aprenderam.
·
A palavra-chave que trabalharemos neste domingo é
“Vovô”. No decorrer da aula, repita a frase: “Eu amo o vovô”.
II – Para refletir
“Quem são as pessoas mais
felizes do mundo? São os jovens? São as pessoas saudáveis? São as ricas? As
pessoas mais felizes do mundo são aquelas que estão realizando seus sonhos. Ao
se entregarem a algo maior do que si mesma, elas adquirem o ímpeto de
colocar-se acima dos problemas. Se você quiser conhecer a verdadeira
felicidade, sonhe um sonhe maior que você: encontre algo a que possa dedicar a
sua vida” (John C. Maxwell).
“Você que é professor,
realizou um sonho fantástico: instruir o povo mais feliz da terra e com a
sabedoria celestial plena e com o instrumento de sabedoria mais precioso: A
Palavra de Deus”.
Texto extraído da revista: Adolescentes 5, CPAD.
III – Regras prática para
professores
A criança até os cinco anos de idade é notadamente egoísta, vindo com
isso a imitação. Ela é o centro do seu próprio mundo. Só pensa em termos de
“eu”. Tudo é “meu”. Se for a uma loja de brinquedos quer tudo. Se vê outras
crianças brincando quer tomar seus brinquedos. Se comer e sobrar alimento, ela
não come, mas também não dá... É teimosa e quer fazer aquilo que lhe vem à
mente. São afetuosas. Gostam de música e canto. Sua tendência para imitar os
outros, influi no caráter, assim como a curiosidade influi no conhecimento.
Essa é a época áurea da formação dos hábitos como oração, obediência,
frequência aos cultos, contribuição, assistência caritativa e filantrópica. A
vida é uma série de hábitos bons e maus. Os que moldarão a vida são formados na
primeira infância, precisamente até aos quatro anos. Toda construção começa no
alicerce, e aqui temos o alicerce da vida – 1ª Infância. Passada esta fase, não
volta mais.
Texto extraído do livro: Manual da Escola Dominical, CPAD.
IV – Sugestão
Você vai precisar de cartolina de cores claras, tesoura e caneta
hidrográfica.
Desenhe um óculos conforme o modelo abaixo:

Comente com os pequenos, que geralmente os vovôs usam óculos e que hoje
em homenagem a eles todos vão usar um. Distribua os óculos para as crianças no
término da aula.
LIÇÃO 04 – JARDIM DE
INFÂNCIA
TEMA: Até o mar lhe
obedece!
Texto Bíblico: Mateus 8.23-27
I - De
professor para professor
·
Prezado professor, neste domingo o objetivo da
lição é que a criança aprenda que Jesus tem poder para salvá-la do perigo.
·
A
palavra-chave deste domingo é “Poder”. No decorrer da aula diga: “Jesus tem
poder”.
·
Ensine aos
pequenos a confiarem em Jesus.
II -
Saiba Mais
Envolvimento ativo, as crianças aprendem melhor fazendo
– usando os cinco sentidos. Aprender requer o envolvimento ativo na lição. As
crianças envolvidas em fazer suas próprias descobertas experimentam maior
retenção. A participação conduz a mudanças de atitude que, por sua vez, motivam
os alunos a aplicar a Bíblia em sua vida.
Texto
extraído do livro: Manual do
Ensino para o Educador Cristão.
III - Conversando com o professor
Depois do atraso causado pela conversa com
os dois homens, Jesus entrou em um barco com os seus discípulos. Este era
provavelmente o pequeno barco de pesca de Pedro. Quando eles estavam cruzando o lago, se levantou uma
tempestade. Enquanto o barco era coberto pelas ondas, Jesus estava dormindo.
Ele estava tão cansado que a tempestade não o despertou.
Muito assustados, os discípulos o
despertaram com o grito: Senhor, salva-nos, que perecemos. Ele primeiro os
repreendeu por temerem e então repreendeu o vento e o mar. O resultado foi uma
grande bonança. Não é de surpreender que aqueles homens tenham se maravilhado.
Em seus anos de pescaria no lago eles já tinham passado por muitas tempestades
graves, mas nunca por uma que tivesse sido subitamente acalmada pela ordem de
uma pessoa. A reação deles ainda hoje é pertinente: Que homem é este! Como um
mero homem Ele seria completamente inexplicável. Esse é o Senhor que servimos,
tem poder para solucionar qualquer tempestade que nos sobrevier.
Texto adaptado do: Comentário Bíblico Beacon, CPAD.
IV – Sugestão
Você vai precisar de cartolina, retalhos de
tecido e caneta hidrográfica.
Desenhe barcos na cartolina, um para cada
aluno. Entregue-os para as crianças e peça a elas para colarem o tecido na
vela.
Escreva o versículo no barquinho. Leia o
versículo e peça que as crianças o repitam.
Lição 04 - PRIMÁRIOS
TEMA:Olha a Preguiça
Texto Bíblico: 1 Samuel
2.22-36;4.1-11
“Os
filhos de Eli, Hofni e Finéias são descritos como filhos de Belial e não
conheciam o Senhor. Nas Escrituras, “conhecer” ou “não conhecer” o Senhor
normalmente se refere a um conhecimento pessoal de Deus em adoração e
obediência. Os hebreus não consideravam o conhecimento primeiramente como algo
intelectual, mas sim como algo completamente pessoal. O termo usado significava
“ter proximidade de”, em vez de simplesmente “conhecer”. Mesmo treinados no
ritual e nas cerimônias do Antigo Testamento e, sem dúvida, familiarizados com
as exigências da lei, esses dois jovens eram maldosos e inescrupulosos em
caráter pessoal” (Texto extraído do Comentário Bíblico Beacon. Vl 2, CPAD).
Professor, ensine as crianças
sobre o cuidado que elas devem ter com a Casa de Deus. Desenhe uma tabela
conforme o modelo e peça a ajuda das
crianças para fazerem uma lista
de regras de como cuidar da Casa do Senhor.
CUIDANDO DA CASA DE DEUS
|
1 –
Ser fiel nas ofertas, não escondendo e gastando com outras coisas.
2 –
Não colar goma de mascar debaixo dos bancos.
3 –
4 –
5 –
|
Lição 04 – JUNIORES
TEMA:Eliseu, o profeta dos
milagres
2 Reis 4.38-44
“Poucas
substituições nas Escrituras foram tão eficazes como a de Eliseu. Ele tinha um
grande exemplo a seguir no profeta Elias, apesar de cada um ser chamado para um
papel diferente. O fervoroso Elias confrontou e expôs a idolatria, enquanto seu
parceiro, Eliseu, silenciosamente serviu os pobres. Eliseu passou menos tempo
em conflitos dramáticos com o mal, e mais tempo cuidando compassivamente dos
sofredores e doentes. A Bíblia registra dezoito encontros entre Eliseu e os
necessitados.
O
ministério de Eliseu nos lembra que Deus não chama todos os crentes para
trabalhos de alto impacto e alvo das manchetes. Deus criou você com dons
especiais e habilidades para servi-lo bem. Você está comparando suas
habilidades com as de outros, ou está comprometendo o que possui com o serviço
de Deus? Deus equipa cada crente de forma singular para servi-lo” (Texto extraído
do Livro 365 Lições de Vida extraída de Personagens da Bíblia).
Boa
Ideia
Você
vai precisar de uma folha de papel 40Kg, régua, caneta hidrográfica.
Procedimento:
1
– Desenhe uma tabela com duas colunas, na primeira coluna escreva o nome dos profetas
e na outra as suas ações.
2
– Reproduza uma tabela menor para as crianças, para que a cada domingo elas
possam escrever o nome do profeta e as suas ações.
PROFETAS
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AÇÕES
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ELIAS
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Profetizou a seca, lutou contra a idolatria, advertiu
o rei Acabe, foi alimentado por corvos...
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Eliseu
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Tirou o veneno da comida,
alimentou várias pessoas com pouco alimento....
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Lição
04 - PRÉ-ADOLESCENTES
TEMA:
Ouça, aprenda e obedeça!
Texto
Bíblico: Números 10.1-8
Professor, a obediência é essencial para uma vida
cristã bem-sucedida. Deus também requer obediência de seus alunos. Pode ser
difícil ensinar sobre obediência em um mundo que tende a rejeitar a noção da
verdade absoluta. Há coisas certas e erradas em todos os lugares e para todas
as pessoas. Mas felizmente o fato de que as ações certas e erradas têm
consequências óbvias é algo que facilita sua tarefa. Por exemplo, a mentira com
frequência, leva à traição e à quebra de relacionamentos. O vangloriar-se pode
incitar à inveja. Por outro lado, viver no caminho de Deus leva à verdade, ao
respeito, à generosidade, à benignidade, ao amor e a um ótimo relacionamento
com Deus.
Converse com seu alunos que Deus não nos diz
para fazer as coisas de determinada maneira, a fim de nos controlar, ou para
nos deixar infelizes. Ele faz isso porque sabe como tornar a vida melhor:
“Porque eu bem sei os pensamentos que pendo de vós, diz o Senhor: pensamentos
de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais”, (Jr 29.11). Professor,
ajude-os a perceberem a razão das regras e quem está por trás delas, Deus.
Sabemos que seguir o caminho de Deus nos leva
ao melhor tipo de vida que há, essa vida não é necessariamente a mais fácil.
Aqui na terra, podemos ter problemas ao agir de maneira correta. Afinal,
pessoas já foram assassinadas por obedecerem a Deus. Comente que o verdadeiro
sucesso nesta vida é agradar a Deus e obter a vida eterna.
Texto adaptado dos livros: 365 Lições de Vida Extraídas de Personagens
da Bíblia e Ensine Sobre Deus Ás Crianças, CPAD.
Lição
04 - ADOLESCENTES
TEMA:
Nosso adversário e suas armas
Texto
Bíblico: 1 João 2.14-17
“As coisas do mundo podem ser desejadas e
possuídas para os usos e propósitos que
Deus as concebeu, e devem ser usadas por sua graça e para sua glória; porém, os
crentes não devem buscá-las nem valorizá-las para propósitos em que o pecado
abuse delas. O mundo aparta o coração de
Deus, e quanto mais prevalecer o amor ao mundo, mais decairá o amor a Deus. As
coisas do mundo são classificadas conforme três inclinações reinantes na
natureza depravada:
1. A concupiscência da
carne, do corpo: os maus desejos do coração, o apetite de satisfazer-se com
todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres sensuais.
2. A concupiscência dos
olhos: os olhos deleitam-se com as riquezas e com as ricas propriedades; esta é
a concupiscência da cobiça.
3. A soberba da vida: o
homem vão anseia a grandeza e a pompa de uma vida de vanglória, o que
compreende uma sede de honras e aplausos. As coisas do mundo desvanecem
rapidamente e morrem: o próprio desejo desfalecerá e acabará dentro de pouco
tempo; porém, o santo afeto não é como a luxúria passageira. O amor de Deus
nunca desfalecerá.
Muitos esforços vãos têm sido feitos para
encobrir a força desta passagem com limitações, distinções ou exceções. Muitos
têm procurado mostrar o quão longe podemos ir estando orientados carnalmente e
amando ao mundo, mas é difícil equivocar-se a respeito do evidente significado
destes versículos. A menos que esta vitória sobre o mundo comece no coração, o
homem não tem raízes em si mesmo e cairá ou, na melhor hipótese, será um
professo estéril. De qualquer modo, estas vaidades são tão sedutoras para a
corrupção de nossos corações, que se não vigiarmos e orarmos sem cessar, não
poderemos escapar do mundo nem alcançar a vitória sobre o seu deus e príncipe
(Texto extraído do Comentário Bíblico
Matthew Henry, CPAD).
LIÇÃO
04 – JUVENIS
TEMA:
O IMPACTO DA TV NA VIDA CRISTÃ
Texto Bíblico Efésios 5.1-8; 1 Timóteo
6.3-5,11-14
Televisão,
os perigos da exposição excessiva
A influência da televisão atualmente é
inegável. Tornando esse fato como ponto de partida, procuro analisar os perigos
da exposição excessiva a mídia. A TV está presente e tem exercido influência em
muitos lares evangélicos. Não podemos negar essa realidade. O Ateliê Aurora,
programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Santa
Catarina, através de um estudo, constatou que assistir televisão é a atividade
mais marcante de todos os contextos sociais. A pesquisa foi feita com alunos da
rede pública de ensino (escolas localizadas em comunidades carentes) e privada
(escolas de elite) de Florianópolis, no centro da cidade e em vila de
pescadores. Mesmo com o avanço das tecnologias digitais, a televisão continua
ocupando um espaço privilegiado no cotidiano da maioria das famílias
brasileiras. Observe o que nos diz Regina de Assim, diretora da Multirio, e
Marcus Tavares sobre o alcance da TV:
Num país de dimensões continentais, a TV alcança
praticamente todos os municípios (99,84%) e está presente em 91,4% dos
domicílios. A influência sobre a constituição das identidades das crianças é,
portanto, notória. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad) de 2005, divulgados este ano pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a televisão está presente em 91,4% dos
domicílios. O rádio, em 88%. O computador, em 18,6%. O computador com acesso à
internet em apenas 13,7% dos domicílios pesquisado.
Antes de adotar uma postura crítica frente
ao uso da televisão, é preciso ter consciência de que a mesma não é a única
responsável pelo mau comportamento das crianças e jovens. Caso fosse à única
vilã bastaria termos uma TV perfeita para vivermos um Éden aqui na Terra. O que
acontece é que as crianças e os adolescentes estão se excedendo diante de um
veículo de comunicação que tem o poder de manipular o pensamento, as ideias. Pesquisas mostram
que as imagens têm o poder de afetar os dois lados do nosso cérebro. Retemos mais informações quando nos são
apresentadas por meios audiovisuais. E nem sempre a TV mostra aquilo que é
saudável. Observe o que nos diz Regina de Assis, Presidente da MULTIRIO e coordenadora do RIO MÍDIA – Centro Internacional
de Referência em Mídias para Crianças e Adolescentes:
Várias
pesquisas evidenciam que a produção audiovisual tem o poder de estimular os
dois lados do cérebro: o tecido neocortical, responsável pelas funções
superiores do raciocínio, tais como a constituição do significado de palavras e
ações; e o sistema límbico articulador dos instintos, da intuição, dos desejos,
afetos e emoções. O cérebro das crianças é por isso cooptado, com facilidade,
pelos programas de TV, que tanto exercem atrações sobre seu raciocínio, quanto
sobre seus sentimentos, desejos e afetos.
Os
perigos da “telinha”
As Escrituras Sagradas nos advertem: “Não porei coisa má diante dos meus
olhos...” (Sl 101.3). Atualmente, essa advertência não é apenas divina,
pois psicólogos e psiquiatras também alertam e advertem os pais sobre os
problemas causados pelo excesso de exposição à mídia, principalmente a TV. A
criança brasileira é uma das que passam a maior parte do tempo livre diante da
televisão. Segundo uma pesquisa do Painel Nacional de Televisão do Ibope,
publicada no livro Crianças do Consumo,
de Susan Linn, as crianças brasileiras de 4 a 11 anos assistem em média a 4h51 minutos de TV por
dia. O Brasil ficou em primeiro lugar — antes dos Estados Unidos — na
quantidade de tempo que as crianças ficam diante do televisor. A criança
evangélica, que freqüenta a ED, também não está de fora desses números.
Jesús Martín-Barbero afirma que, desde a
metade do século XX, a função de principal elemento de influência no processo
de formação do público infanto-juvenil, ocupada durante séculos pela família,
vem sendo mais e mais dividida com os meios de comunicação de massa. Por meio
da mídia eletrônica, aponta Barbero, crianças e adolescentes ficam expostos aos
diversos tipos de mensagens.
Alguns
dos resultados da exposição excessiva
Os resultados negativos da exposição
excessiva da mídia são muitos; seria impossível relacioná-los. Portanto,
destacamos alguns aspectos. Um deles é o aumento da obesidade infantil as
crianças não brincam mais como deveriam. Estão cada dia mais sedentárias. De
acordo com dados apresentados pela Escola Paulista de Medicina, na “Primeira
Jornada de Alimentos e Obesidade na Infância e Adolescência”, no Brasil 14% das
crianças são obesas e 25% estão acima do peso.
As empresas de alimentos infantis têm investido no marketing de produtos
colocados à disposição das crianças, uma vitrine atraente, repleta de
guloseimas. Segundo os especialistas, os adultos são menos influenciados pela
propaganda, cujo poder manipulador afeta profundamente as mentes infantis,
aumentando o consumo de alimentos nem sempre saudáveis.
A exposição excessiva à mídia também
contribui para o aumento da agressividade. As crianças ficam expostas a imagens
violentas e repletas de sexualidade, que comprometem seu comportamento social e
seus valores. As crianças que assistem à violência gratuita estão propensas a
enxergá-la como uma maneira eficaz de resolver conflitos. Segundo a Academia
Americana de Pediatria, “assistir à violência pode levar à violência na vida
real”.
O excesso de exposição à mídia também
contribui para o aumento da atividade sexual precoce e fora do casamento. A
infância e a adolescência tornaram-se curtas e o número de adolescentes
grávidas virou uma questão de saúde pública. Brandon Tartikoff, antigo
presidente da NBC, declarou: “Realmente, acredito que as imagens influenciam os
comportamentos... a TV é financiada por comerciais e a maioria usa
comportamentos imitativos”.
Outro fato que podemos constatar é a
diminuição do diálogo familiar. Os pais já não conversam como deveriam com seus
filhos, pois o tempo que lhes sobra é gasto diante da “telinha”, onde o
silêncio é exigido. Vale relatar o que diz Solange
Jobim e Souza em sua obra A Subjetividade
em Questão:
Nos lares de hoje as famílias não mais
contam suas histórias. O convívio familiar se traduz na interação muda entre as
pessoas que se esbarram entre os intervalos dos programas da TV e o navegar
através do éden eletrônico as infovias. O tato e o contato entre as pessoas, na
casa ou no trabalho, cedem lugar ao impacto televisual.
A exposição à mídia também contribui para o
consumismo (resultando em inveja, ambição, cobiça, etc). Fica difícil para as
crianças e adultos resistirem aos apelos do consumo:
O
mundo do consumo se oferece como terra prometida, um lugar a que todos têm
direito e onde se é diferente, sendo igual. (Solange Jobim)
A verdade é que acabamos por aceitar a
cultura do consumo. Muitos pais fazem o possível e o impossível para que a
pseudofelicidade prometida pelo consumo esteja ao alcance de seus filhos. Isso
se deve ao fato de que na atualidade o “ter” passou a ser mais importante que o
“ser”. A esse respeito, recorro mais uma
vez à pesquisadora Solange Jobim:
Aprendemos
a avaliar com perfeição a vida através dos objetos que circulam entre nós. Não são
mais os outros, nossos semelhantes, que fornecem os elementos básicos para a
constituição de nossas referências éticas e morais.” (Solange Jobim)
Diante de tantos malefícios, fica a
pergunta: É lícito interagir com a mídia? Para o cristão, todas as coisas são
lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1 Co 10.23;16.12). Devemos
fazer uso da mídia com prudência e discriminação. De acordo com Charles Colson
e Nancy Pearcey, podemos desfrutar da mídia desde que estejamos treinados para
sermos seletivos e definamos limites para que a cultura popular não molde o
nosso caráter.
É importante ressaltar que a mídia comunica
crença de valores e sempre expressa uma ideologia. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que “os cristãos que vêem a cultura de mídia
de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são
incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura”. Esse é o problema. As
crianças e adolescentes conseguem fazer essa leitura? É difícil! Elas precisam
ser ensinadas a fazer isso. Será que fazemos essa leitura? Ou ingerimos tudo?
Sem questionamento?
Tem
“alguém” por trás da “telinha”
Esse alguém a quem me refiro não são os
técnicos, editores, pessoas de carne e osso como nós. Esse alguém não possui um
corpo físico. Ele é o Inimigo das nossas almas, lembrando que a sua função
neste mundo é matar, roubar e destruir. As estratégias de Satanás para destruir
as famílias mudam de tempos em tempos, e especificamente nos tempos
pós-modernos. Temos visto o mundanismo na mídia, principalmente na TV,
ridicularizando a fé cristã e refletindo de forma negativa em algumas famílias.
Quando a família não dá muita ênfase à TV, as crianças, por influência dos
amigos, concluem que sua família é “estranha” por priorizar Jesus e a igreja,
uma vez que as famílias exibidas nos programas televisivos não vivem como sua
família.
As pessoas estão hipnotizadas diante da
subjetividade das imagens; muitas não conseguem discernir as artimanhas de
Satanás. Precisamos clamar por um avivamento de contrição e santificação (1 Pe
1.15,16; 1 Ts 5.23). Entretanto, se gastarmos nosso tempo diante da televisão,
como vamos clamar a Deus? Sobrará tempo para a oração?
Nós somos
responsáveis pela programação que as emissoras estão transmitindo. Canal de
televisão é concessão. Como “luz” e “sal” dessa Terra, podemos e devemos
trabalhar para termos uma mídia de qualidade. Lembre-se, o controle deve estar
em nossas mãos. Não o terceirize. Não deixe que outros decidam que seus filhos
vão assistir. Segundo Doris Sanford, no livro Criança Pergunta Cada Coisa..., os pais devem olhar no mínimo um
episódio do programa antes de permitir que as crianças assistam. É preciso
selecionar cuidadosamente a programação a que a família vai assistir. Uma
pesquisa feita na Argentina mostrou que 95% das crianças conhecem toda a
programação televisiva, mas apenas 5% dos pais sabem ao que seus filhos
assistem. Muitos pais acreditam que seus filhos vão ter acesso a uma
programação de qualidade só pelo fato de terem em casa canais de TV por
assinatura. Esses canais não se preocupam com os conteúdos, não acompanham nem
avaliam ao que seus filhos estão assistindo.
Riscos
na infância
Na atualidade, a criança vem correndo
vários riscos. O modo como uma nação trata as suas crianças diz muito sobre
como será o seu futuro. Observe o que nos diz Solange
Jobim e Souza:
[...] a criança contemporânea tem como destino
flutuar erraticamente entre adultos que não sabem mais o que fazer com ela.
Crianças passam assim a compartilhar entre si suas experiências mais
frequentes, as quais se limitam, na maioria das vezes, ao contato com o outro
televisivo, remoto, virtual e maquínico.
Como temos tratado nossas crianças? Como
Igreja do Senhor, o que temos feito? Qual tem sido a nossa preocupação com a
educação cristã?
A televisão está tão impregnada em nós que
podemos vê-la até na Escola Dominical. Na Escola Dominical? Isso mesmo! Está
presente na fala das “tias”, nas músicas que as crianças cantam, no modo como
se vestem, nos gestos, nos brinquedos e nas brincadeiras. A televisão nos leva a consumir não somente
mercadorias, mas também imagens, linguagem e modo de ser... A educação cristã
não deve se restringir às salas de aula da ED, pois nossos alunos são
indivíduos que são afetados por seu meio. A reflexão a respeito da exposição
excessiva à televisão é relevante e fundamental para que possamos oferecer às
crianças e jovens uma educação que lhes possibilite de fato dialogar com a
mídia e com a nossa cultura. Para Gilka Girardello, coordenadora do Ateliê
Aurora, é fundamental fazer com que as crianças e jovens compreendam que a
televisão não é uma “janela para o mundo — como gostam de caracterizar os mais
otimistas: Ela é um recorte muito bem produzido e montado da realidade — e não
a realidade”.
Nossos alunos, não importam à idade,
deveriam estar conscientes do que estão perdendo quando permanecem diante da
televisão. Você está consciente das perdas? Elas são muitas. Observe a relação.
Veja o que perdemos quando ficamos horas diante da TV:
- Ler um bom livro ou revista;
- Orar e ler a Bíblia;
- Ouvir uma boa música;
- Tocar um instrumento;
- Fazer uma caminhada ou andar de
bicicleta;
- Brincar com os amigos;
- Participar de uma boa discussão
teológica ou política;
- Visitar um amigo;
- Realizar algumas tarefas domésticas.
É
hora de pegar o controle
É possível neutralizar os efeitos maléficos
da televisão? Podemos ter o “controle” de volta? Vejamos algumas sugestões que
podem nos ajudar a combater os perigos da “telinha”:
- Procure dedicar mais momentos para
estar com seus filhos. A sua companhia, com certeza, é melhor do que a das
apresentadoras dos programas infantis. Qual o filho que não quer ficar
perto dos pais?
- Estabeleça um horário e confeccione um
calendário com os dias, horas e programas que as crianças possam assistir.
- Logo no início da semana, pegue o guia
da TV e, em família, discuta os programas que podem ser vistos e estarão
disponíveis.
- Compre alguns adesivos e determine que
cada adesivo valha uma hora de TV, mas para cada hora de televisão a
criança deverá ler um capítulo de um livro.
- Se a criança ficou uma hora assistindo
à TV, depois ela deve brincar com os colegas ou sozinha.
- Assista, pelo menos, a metade do
programa que seu filho está assistindo, pois só assim terá condições de
discutir com ele o comportamento dos personagens. Caso ache necessário,
durante a exibição, faça algumas considerações. Você poderá dizer: “Esse
personagem agiu dessa forma. Ele agiu de modo correto? O que a Palavra de
Deus nos diz sobre isso?”
- Faça perguntas sobre os programas. As
crianças gostam de ser provocadas a opinar, a falar o que pensam.
- Procure adquira alguns vídeos
evangélicos para as crianças. Existem excelentes trabalhos no mercado.
- Nunca use a televisão como forma de
recompensar a criança. Por exemplo: “Você comeu tudo; agora pode ver TV”.
- A televisão não deve ficar no quarto
da criança ou adolescente e nem escondido em um lugar de difícil acesso,
pois o controle fica mais difícil. Ela deve estar em um local onde todos
possam ver, onde você esteja sempre de olho.
- Peça que as crianças que façam uma
lista de cinco coisas que gostariam de fazer ao invés de assistir à TV.
Depois, discuta com elas o que poderia ser feito de imediato. A televisão
vai ficando para depois, e acriança vai perceber que existem atividades
mais divertidas.
A Palavra de Deus nos ensina: “Portanto, vede prudentemente como andais,
não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus”
(Ef 5.15,16).
Está na hora de desligarmos a tevê e investirmos
em algo mais saudável. Como educadores, temos a responsabilidade de alertar
nossos alunos e os pais sobre o poder sedutor da linguagem televisiva. Não
podemos nos calar diante dos estragos que a exposição excessiva diante
“telinha” vem produzindo.
Bibliografia
LINN, Susan. Crianças do consumo: infância roubada. São Paulo, Instituto Alana.
SOUZA, Solange Jobim e. Subjetividade em questão: a infância como
crítica da cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras.
PALMER, Michael. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro, CPAD.
COLSON, Charles & PEARCY, Nancy. E agora como viveremos? Rio de Janeiro,
CPAD.
ASSIM, Regina de & TAVARES, Marcus. TV, sociedade e responsabilidade.
Disponível em: www.multirio.rj.gov.br/riomidia/.
Acesso em: 18 de fevereiro de 2009.
www.aurora.ufsc.br
www.midiativa.tv
Autora:
Telma Bueno
Pedagoga,
Jornalista e
Revisora
do Setor de
Educação
Cristã da CPAD.
LIÇÃO 04 - jovens e adultos
LIDANDO DE FORMA
CORRETA COM O DINHEIRO
INTRODUÇÃO
I. O CUIDADO COM
AS FIANÇAS EM EMPRÉSTIMOS
II. O CUIDADO
COM O LUCRO FÁCIL
III. O USO
CORRETO DO DINHEIRO
IV. BUSCANDO O
EQUILÍBRIO FINANCEIRO
CONCLUSÃO
EU
TENHO, ENTÃO EU SOU
Por
Julie
Ann Barnhil
Lembro-me de um hino que eu costumava
cantar quando era menina; um dos versos era mais ou menos assim: “Minha
esperança está firmada em nada menos que o sangue e a justiça de Jesus; eu ouso
não acreditar no mais belo quadro, mas confiar totalmente no nome de Jesus”.
Eu já não canto aquele hino há muito
tempo. E se o fizesse, teria de admitir pesarosamente que a letra do meu hino
de fracasso financeiro soaria como algo assim: “Minha esperança está firmada em
nada menos que caixas automáticos e planos para enriquecer. Eu ouso não viver
dentro de minhas condições, mas gastar meu cartão o máximo”.
Deixe-me ser mais direta e específica.
Não é necessário ser prolixa nem tomará tanto espaço para escrever, porque não
vou estar usando uma linguagem que você não entenda. (Prossiga apenas quando
tiver tirado este sorrisinho do rosto!) Eu só tenho uma chance para explicar,
mas isto é um blefe! É o trunfo que supera todos os trunfos! E isto sempre me
induz a participar de uma grande atividade maníaca na loja de departamentos mais
próxima. Então aqui está em toda esta profunda e superficial glória:
Eu gosto de dinheiro e das coisas que o
dinheiro compra. E muito.
- Eletrodomésticos com 75 por cento
de desconto em um preço com desconto? Eu gosto.
- Sorvete de chocolate com cobertura
de nozes, encontrado no Aeroporto Internacional O’Hare de Chicago? Eu
gosto disso.
- Revistas de decoração, moeda,
beleza, fofocas? Gosto disso também.
- Pacotes dos distribuidores de
livrarias evangélicas? Eu realmente gosto disso!
Não somente gosto destas coisas que o
dinheiro compra... Eu sou perigosamente atraída por todo tipo de quinquilharias
que julgo serem refinadas.
[...] Nós, fracassados financeiros,
parecemos desenvolver uma perigosa paixão por acumular, armazenar, possuir e
simplesmente ter coisas. Vamos encarar os fatos, não há muita coisa na terra
criada por Deus que eu e outros perdedores financeiros não queiramos! E quanto
mais coisas nós tivermos, mais gostaríamos de ter.
É
um Mundo Consumista
“E o que há de errado com isto?”, você
pode estar se perguntado. Talvez você pense que eu queira persuadi-lo a vender
tudo o que tem e ir viver nas montanhas feito eremita. Relaxe, eu não pretendo
fazer isto! Nem estou tentando fazê-lo sentir-se culpado por ter uma lista de
“coisas a comprar” guardada na gaveta de cômoda.
Não. Não é nada disso.
O que estou tentando dizer é que o
problema está em ser acometido pela síndrome do “adquira-e-possua” de nossa
cultura, em viver para ter e ter para viver, em ter uma casa cheia de “coisas”
― todas estas coisas raramente satisfazem. A batedeira que você almejava desde
1987 rapidamente perderá seu brilho. E logo logo você estará procurando “mais
uma coisinha” para equipar sua cozinha. A casa de quatro quartos com piscina e
churrasqueira na qual você depositou todas as suas economias, em algum momento
perderá seu brilho também.
E quanto mais ficamos fascinados com as
coisas novas que brilham à nossa volta, mais espaço, energia, tempo e dinheiro
será necessário para manter o vício do consumo!
Coisas
e Caos
Ilyce Glink, uma planejadora financeira
[...], faz a seguinte observação:
Quando você
compra uma casa grande para acomodar suas coisas, você paga altas taxas, altas
contas de luz, altas contas de gás e uma hipoteca maior; somando-se ainda tudo
o que estas coisas exigem de custos de manutenção!
Manter ou expandir as coisas que você já
tem toma muito dinheiro e tempo. E não estou falando apenas de casas. Coisas
simples como uma placa de memória com maior capacidade de armazenamento para o
computador do seu filho. Ou “coisas” como férias de família. Apenas visitar um
parque temático já o deixa sem algumas centenas de dólares hoje em dia. E
Disneylândia? Bem, é mais fácil ganhar uma medalha de ouro olímpica do que
passar as férias lá! E não esqueça dos eventos esportivos como jogos de
basquete [ou futebol] profissional [...].
Agora, eu imagino que muitos dos
leitores ganham consideravelmente mais dólares [ou reais] do que eu e Rick.
Outros de vocês mantêm família com salário mínimo. Não é minha intenção fazer
um debate entre classes aqui. Pelo contrário, quero chamar sua atenção de
perdedor financeiro para simples fato: muitos de nós estamos nadando em dívidas
e vivendo um caos conjugal como resultado de nada menos que uma necessidade
descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade é que o caos em nosso
casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos de acumular e
começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já temos.
Texto extraído da obra “Antes que as Dívidas nos Separem: Respostas e cura para os conflitos
financeiros em seu casamento”, editada pela CPAD.